quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Capítulo 2 - De repente é amor

"O coração tem razões que a própria razão desconhece'".
O Pascal
Eu deveria estar sonhando. Sim… era surreal demais. Ele parecia mais um astro de cinema. Eu queria conversar com ele. Saber se ele era mesmo de verdade. Eu estava sentada ao lado do cara mais perfeito que poderia existir e não conseguia pensar em nada em que pudéssemos conversar. Antes que eu cometesse qualquer loucura, abri minha bolsa e peguei um livro, assim eu poderia disfarçar minha ansiedade. Ele estava fazendo o mesmo. Li por volta de meia hora e durante esse tempo não trocamos uma só palavra. É claro que eu olhava pra ele, pelo cantinho do olho, a cada dez segundos. Já ele, parecia nem me enxergar. Continuei assim por mais um tempo, sempre observando cada milésimo de centímetro que ele se movia. Naquele instante ele estava mexendo em sua bagagem. Parecia procurar algo. Abriu um bolso da mala pegou um comprimido efervescente(tipo Sonrisal) e começou a comer. Ele, percendo minha expressão enquanto o observava se virou em minha direção. Ele … ia… falar… comigo!
- Você também não devia ler enquanto viaja de ônibus! Pode ficar enjoada.
-Eu sei.- Eu sei? Que tipo de resposta foi essa.
O ônibus deu uma freada brusca. O motorista avisou que ficaríamos parados um tempo até que o problema fosse resolvido. E que poderíamos descer do ônibus se quiséssemos e ir até a lanchonete que estava bem próxima.
- Viajar de ônibus é mesmo uma droga! –disse o loiro misterioso do meu lado dando uma mordida no comprimido.
- Sim. – eu disse concordando com a cabeça.
Droga! Aquilo não era hora pra timidez…
- Você fala? – pergunto dando um sorrido meio torto.
- Você sempre come esses comprimidos?
Ele riu.
- Não sempre. Mas é bom quando estou nervoso.
- Essa é uma mania um pouco estranha pra alguém tão… - quando eu ia parar de cometer gafes?

CONT. Cap. 2 De repente é amor

- Ah, você não me conhece. Hmm.. Sou Lucas Roosevelt.- ele me estendeu a mão.

Peguei a mão dele com muito custo já que minha mão estava trêmula.

- Alícia Bonner.

- Então Alícia, pelo visto você não é de Ventura. Deve ser uma universitária, acertei?

- É, você acertou.

- Vai estudar o que? Espere, eu acerto de novo. Deve ser… Moda, artes cênicas, jornalismo…

Agora fui eu quem sorriu.

- Você passou longe dessa vez. Eu vou fazer medicina.

- Oh! Você é a Alícia, segundo lugar em medicina. Nunca tivemos uma garota antes do quarto lugar antes. Mas, eu esperava alguém mais…

- Mais?

- Eu não sei. Você é bonita. Linda na verdade.

- Você não precisa fazer elogios tão exagerados assim.

Ele rolou os olhos.

- Mesmo assim, você teve sorte. Sou um veterano. Posso te mostrar o campus se quiser.

É claro que eu não precisaria de ninguém que me mostrasse o campus. Minha amiga e futura colega de quarto Rachel estava no segundo ano de publicidade e me mostraria tudo. Mas claro, eu aceitei o convite do Lucas.

- Bem, vamos até a lanchonete antes que o ônibus parta novamente.

Ele levantou, esperou que eu me levantasse também e deixou que eu caminhasse na frente. Porém ele desceu do primeiro e segurou minha mão, ajudando-me a descer também.

domingo, 16 de agosto de 2009

Capítulo 1 - Sorte no amor

"A mudança vem como um pequeno vento que agita as cortinas no amanhecer... e vem como o discreto perfume das flores selvagens escondidas na grama".
John Steinbek

O dia já amanhecia e o soar do meu despertador me acordava, não só literalmente mas também me acordava para minha nova vida. Hoje era o dia em que eu deixaria de vez de ser uma criança e me tornaria adulta. O dia em que eu deixaria o refúgio da casa dos meus pais e iria morar sozinha, numa outra cidade, onde não conhecia praticamente ninguém.
Hoje também é o dia em que eu vou começar a vida que eu sonhei. Bom, na verdade a vida que minha mãe sonhou. Desde que me entendo por gente ela manisfestava a vontade de me ver como uma grande doutora. Mas eu nunca havia me interessado por nenhuma das profissões que minha mãe tinha em mente. Mas, como minha família nunca teve muito dinheiro e eu realmente decidi que queria dar uma vida melhor para meus pais, acabei me decidindo por medicina. Para isso eu tive que estudar muito, pois minha família jamais poderia pagar minha faculdade. Sendo assim, passei todo o colegial com os livros embaixo dos olhos ao invés de namorados e festas. Namorado mesmo eu só tive um, mas não durou nada porque ele era um idiota e jamais conseguiria fazer eu me apaixonar. Sim, eu me apaixonei uma vez. Mas isso não vem ao caso agora. O que conta mesmo é que meus segundos de diversão no ensino médio poderiam ser contados nos dedos. Tanto esforço valeu a pena: eu estava indo para uma das melhores universidades do país.
- Anda logo, Alícia! O ônibus sai em uma hora.
Os gritos da minha mãe quase me fizeram cair da cama. Mas ela tinha razão, eu não podia me atrasar. Troquei de roupa e dei uma última olhada no meu agora antigo quarto, onde dormi desde minha infância, e que agora eu não dormiria mais tão cedo. Enxuguei a lágrima que escorrera e desci as escadas.

cont. Capítulo 1 - Sorte no amor

A despedida dos meus pais foi dolorosa tanto pra mim quanto pra eles, que viam sua única filha partir. Com isso eu tinha de me manter forte todo o tempo em que estava na frente deles. Porém quando dei as costas pra eles e entrei no ônibus foi o montento e que eu não pude mais me segurar. As lágrimas escorreram e não me veio mais nenhum pensamento coerente. Apenas encontrei o lugar marcado na minha passagem e me sentei deixando as lágrimas inundarem meu rosto. Eu tinha aproximadamente cinco horas de viagem pela frente. Então, repolsei minha cabeça no banco e adormeci.

Despertei com a freada do ônibus. Estavamos na primeira parada. Pelo visto meu sossego de não ter ninguém assentado ao meu lado havia acabado. O primeira passageiro a entrar foi um homem estranho, que aparentava ter uns 50 anos e que tinha um sorriso sarcártico no rosto que dava arrepios em qualquer um. Desejei que ele não se assentasse ao meu lado. Por sorte, meu pedido foi atendido. A próxima foi uma mulher, muito gorda e dava pra ver a razão de sua aparencia em suas mãos: ela carregava uma enorme sacola cheia de quitudes que ela protegia como uma leoa protege sua cria. Mais passageiros entraram e ninguém sentou-se ao meu lado. Agora o ônibus estava praticamente cheio. O último passageiro entrou. Era um rapaz de aproximadamente 22 anos, forte, alto, cabelos loiros, olhos esverdeados. Não me lembro de ter conhecido alguém tão perfeito. Ele procurou um lugar para sentar-se e o primeiro que encontrou foi a meu lado. Ele sentou-se e meu coração disparou. Como eu adivinharia que a viagem poderia ser tão interessante?

Sinopse e curiosidades

Criei o blog para postar a história que escrevo que é narrada por Alícia Bonner, uma garota que escontra seu "príncipe encantado" mas acaba descobrindo uma surpresinha a respeito dele. Futuramente ela se dividirá em dois amores. Enfim, não contarei mais porque perderia a graça, mas leiam e comentem, críticas e sugestões são sempre bem-vindas. Tenho muitas histórias pra contar então vocês não vão se arrepender de ler.

Curiosidades:
• Cada capítulo tem o nome de um filme. Não necessariamente a história terá alguma coisa a ver com o filme, apenas com o título.
• A história ainda não tem um título, se quiser sugerir ou em ajudar a pensar em algum é só entrar em contado comigo: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?rl=mp&uid=4313344784530030474
• A história é baseada em fatos reais, mas nunca uso o verdadeiro nome das pessoas para proteção de privacidade.
Acho que é só..
x.o.x.o Sophia